Produção de cana-de-açúcar deve atingir 677,6 milhões de toneladas

A produção de cana-de-açúcar no Brasil deve chegar a 677,6 milhões de toneladas, de acordo com o 3º Levantamento da Safra 2023/24 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O aumento é de 10,9% em relação ao ciclo anterior é resultado tanto das condições climáticas favoráveis quanto dos investimentos do setor sucroalcooleiro.

Embora o início da colheita tenha enfrentado atrasos devido às chuvas persistentes, a região Centro-Sul já atingiu mais de 90% da moagem. No Nordeste, onde a colheita se estende até abril, ainda é incipiente nos principais estados produtores. Fabiano Vasconcellos, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, observa que as chuvas frequentes na região Centro-Sul têm impactado o processamento, levando a paralisações frequentes e possivelmente estendendo a moagem até janeiro em alguns casos.

A principal região produtora de cana-de-açúcar, o Sudeste, projeta um aumento de 12,2% no volume colhido, totalizando 434,98 milhões de toneladas. Apesar de uma leve redução na área, os investimentos em renovação de lavouras devem resultar em uma produtividade média aumentada, passando de 75.629 quilos por hectares para 85.046 kg/ha.

Em São Paulo, estado com o maior volume a ser colhido, o início da safra foi marcado por chuvas intensas que favoreceram o desenvolvimento vegetativo. Entretanto, a ausência hídrica no segundo semestre acelerou a colheita, e as chuvas frequentes agora atrapalham o processamento, podendo estender a moagem até meados de dezembro ou, em alguns casos, janeiro.

Tanto o Centro-Oeste quanto o Sul do país devem experimentar aumentos na área e produtividade. A projeção é que a colheita atinja 143,78 milhões de toneladas no Centro-Oeste, enquanto no Sul, a maior área destinada à cultura neste ciclo resulta em uma estimativa de produção de 35,32 milhões de toneladas de cana, representando um aumento de 2,6% na área e um impressionante crescimento de 11,2% na produtividade.

Na região Nordeste, a produção deve crescer 4,7%, atingindo 59,55 milhões de toneladas, impulsionada principalmente pelo aumento da área, enquanto a produtividade mantém-se próxima à estabilidade com um leve acréscimo de 0,4%. No Norte, um aumento de área e expectativa de melhores produtividades deverão resultar em um aumento de 3,8% na produção, totalizando 3,97 milhões de toneladas.

Fonte: Agrolink

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