A proposta de inclusão da tilápia (Oreochromis niloticus) na lista de espécies exóticas invasoras, apresentada pela Secretaria Nacional de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), representa um risco à aquicultura nacional e pode gerar impactos severos à economia do Paraná e de todo o país. Diante desse cenário, a Sociedade Rural do Paraná encaminhou uma carta ao Governo do Estado pleiteando a revisão da minuta e reforçando a necessidade de diálogo antes de qualquer deliberação definitiva.

Caso seja aprovada, a medida poderá impor restrições à produção e à comercialização, comprometendo a viabilidade da atividade, ameaçando a sustentabilidade econômica de milhares de produtores e provocando aumento no preço do pescado para os consumidores.

O Paraná é o maior produtor nacional de tilápia, responsável por 37% da produção brasileira, com 25.057 estabelecimentos rurais que mantêm viveiros de peixes em 15.964 hectares de lâmina d’água, a maioria composta por pequenos produtores familiares. A produtividade do estado, de 50 mil quilos por hectare por ciclo, é a mais alta do mundo, superando países como China e Egito.

A eventual aprovação dessa lista significaria um retrocesso para a aquicultura nacional, ameaçando uma cadeia produtiva que gera  mais de 2,2 mil empregos diretos e indiretos no Estado e garante a renda de milhares de pequenos e médios produtores.

A tilápia é hoje a espécie mais cultivada do mundo, no Brasil, é uma atividade consolidada e regulamentada há mais de 25 anos, amparada por normas como a Portaria IBAMA nº 145/98-N e outros atos subsequentes.

A Sociedade Rural do Paraná reforça que a espécie deve ser reconhecida como introduzida e não invasora, uma vez que sua produção é feita sob controle técnico e ambiental rigoroso, com tecnologias que garantem biossegurança e rastreabilidade.

Sociedade Rural do Paraná

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Fontes: Anuário do peixe BR da piscicultura 2025 e sistema Faep